Entretanto, “cerca de 13 milhões de brasileiros vivem em favelas, muitas vezes trancados, pessoas demais para o espaço e pouco acesso à água potável. Recomendações de distância, quarentena e higiene quase impossíveis. – Mesmo assim, muita gente nas favelas se organizou para agir da melhor maneira possível. O Brasil tem um grande setor de empregos informais com muitas fontes de renda que agora não existem mais. A população indígena já estava seriamente ameaçada antes do surto da COVID-19, pois o governo não apenas ignorou, mas até incentivou, a mineração ilegal e o desmatamento da floresta amazônica. Esses invasores e mineradores importaram o risco de desenvolver COVID-19 para essas populações indígenas remotas“. Na maioria das vezes, as pandemias atingem os pobres, cujo sistema imunológico está particularmente em risco: dieta duvidosa de péssima qualidade, ambiente violento, estresse social. Quando lutamos contra pandemias, muitas vezes esquecemo-nos dos outros grandes problemas sociais sob os quais o Brasil sofre: tráfico de pessoas, exploração, abuso sexual, etc. Hoje, a violência é a terceira causa da mortalidade, são 300 por um milhão de habitantes, ou seja, em número absoluto 63.300 mortes por ano. Com isso, o Brasil ocupa a triste décima posição no mundo.